Trocando os bichinhos de pelúcia por bolsas, as roupinhas bobas pelo vestido preto sensual, no rosto produtos que até hoje nem sabe ao certo para que servem, rímel, blush, primer e todos esses nominhos que de certa forma são engraçados. Sobrancelha feita pela primeira vez – tardiamente – que realçou sua expressão blasé, ela sabe que é. A coragem de usar aquele batom vermelho que sempre achou um charme junto daquele escarpam preto altíssimo que a mãe costuma usar. No cabelo, bobs; lentamente o roupão se abre; se analisa; descobre as curvas que sempre cobriu, se exibe, faz caras, bocas, beija o espelho e ri...
Procura o vestido mais ousado que tem – e nunca usou – mexendo o corpo no ritmo de um bom jazz. Não que tenha ficado vulgar, mas é que ninguém esperava vê-la de tal forma, tão sexy, tão diferente dela; talvez uma forma brasileira de Jessica Habbith , quem sabe... dança como se quisesse seduzir as paredes, obrigando-as a se movimentarem e todos ao redor pararem somente para observa-la, pede um drink sabendo que não vai pagar, pede dois e três e sai, cambaleando, rindo, descalça na calçada esperando chover; não chove; tudo bem, ela segue...
e segue...
sabe-se lá pra onde...
mas ela vai...
em frente.
Descoberta de si mesma, mas com um leve tom de "Desorientada". rs
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