acúmulos

14:11 @Tiabetok 1 Comentários


Nossas prisões; especular, cogitar, viajar no tempo ou simplesmente estagnar nele. Não ir por preguiça de voltar. Não ser pra não ter que assumir. Se omitir na vida preguiçosa com felicidades disfarçadas na internet e tv a cabo; fotografias com sorrisos falsos, olhos tristes sem nem saber por quê; dias que passam, coisas se adiam em cima de outras que se acumulam. Não dá mais pra tentar dar fim em coisas que findam por elas mesmas, já foi, já era sem nem chegar a ser algo; resta então [re]colher o que está por aí, acumulando o que há de bom, livrando-se do que não serve e acomodando-se mais uma vez em travesseiros macios e chocolate quente nas noites frias de março...

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07:12 @Tiabetok 1 Comentários

        Trocando os bichinhos de pelúcia por bolsas, as roupinhas bobas pelo vestido preto sensual, no rosto produtos que até hoje nem sabe ao certo para que servem, rímel, blush, primer e todos esses nominhos que de certa forma são engraçados. Sobrancelha feita pela primeira vez – tardiamente – que realçou sua expressão blasé, ela sabe que é. A coragem de usar aquele batom vermelho que sempre achou um charme junto daquele escarpam preto altíssimo que a mãe costuma usar. No cabelo, bobs; lentamente o roupão se abre; se analisa; descobre as curvas que sempre cobriu, se exibe, faz caras, bocas, beija o espelho e ri...
        Procura o vestido mais ousado que tem – e nunca usou – mexendo o corpo no ritmo de um bom jazz. Não que tenha ficado vulgar, mas é que ninguém esperava vê-la de tal forma, tão sexy, tão diferente dela; talvez uma forma brasileira de Jessica Habbith , quem sabe... dança como se quisesse seduzir as paredes, obrigando-as a se movimentarem e todos ao redor pararem somente para observa-la, pede um drink sabendo que não vai pagar, pede dois e três e sai, cambaleando, rindo, descalça na calçada esperando chover; não chove; tudo bem, ela segue... 
e segue...
sabe-se lá pra onde... 
mas ela vai... 
em frente.

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