mini horta/jardim: primeiras impressões e problemas

07:48 @Tiabetok 3 Comentários

Sem pose bonitinha ou maquiagem porque isso aqui é vida real não BBB, trabalho duro e mão no esterco.

Porqueeeeeee, é primaveraaaaaaa, te amooooooo, é primaveeeeera.....

             Hey babys. Então, como sabem estou montando minha mini horta/jardim na pequena varanda aqui de casa, e no post anterior comentei sobre os meus planos para com ela, além de mostrar meus compostos orgânicos e os primeiros passos que dei. Hoje descrevo os problemas que tive, paranoias e erros cometidos:

Sementes x mudas: 



           Acabei me empolgando demais e comprei de um site gringo algumas sementes de bonsai, porque sou louca por eles, e para completar o pacote pedi umas de suculenta e cactos. E tudo foi um desastre! as sementes de bonsai, segundo minhas pesquisas demoram bastante para germinar e exigem outros tipos de solo (os quais tentei reproduzir), até agora - quase três meses após o plantil só consegui germinar uma semente, que se suicidou no dia da "arrumação do espaço" (explico jajá), as suculentas germinaram em dois dias, e com três meses estão saudáveis e fofas, embora não sejam suculentas! as de cactos parecem salsa, mas não é salsa pois as sementes são diferentes. Fiquei muito frustrada pois a loja em sí era de artigos de jardinagem, nenhum dos resultados foram positivo - tirando as suculentas não suculentas! - comecei a procurar mudas, já que o boy dizia que tínhamos um jardim de estrume, já que nada crescia, além do meu manjericão (que era muda e o gigante suíço da garrafa). Sem contar que acabei matando algumas mudinhas que estavam em sementeiras quando tive que passar para o local definitivo, não sei como, nem porquê, não sei se foi minha mão pesada que detonou as raízes, ou se coloquei adubo demais, enfim, matei!
            A vantagem das mudas, é que você já as tem na mão e só precisa transplantar e cuidar, sem estresse de que podem ou não dar certo. O manjericão cresceu tão bem e rápido que já colhi sementes duas vezes e fiz varias mudas para poder trocar por outras plantinhas e assim completar meu jardinzinho já que o episódio das sementes foi um fiasco!
Manjericão florindo - retirando as sementes - fazendo estaquia

Sistema de trocas:

        Como a ideia é ter tudo orgânico e com o mínimo de gastos possíveis, criei um sistema de trocas: alguns amigos e familiares possuem plantinhas fofas e eu já tinha um jardim inteiro de manjericão, parti para troca: levava mudinhas da hortaliça e voltava para casa com algo diferente. Com isso consegui uma violeta, gazânia, cactos e petúnia. As sementes que não deram muito certo, também entraram nas trocas (claro que expliquei a situação com quem troquei) e aí consegui hortelã e uma espécie de suculenta (que não lembro o nome). Algumas já floriram e tirei sementes para replantar e ver se consigo uma nova muda para mais trocas. E assim o jardim horta começou a ter formato e variedade.

(Re)organizando o espaço
Início de tudo - reorganizando espaço - primeiros testes de adaptação das plantas

          Como agora eu tinha uma boa variedade de plantas, dois caixotes se fizeram pequenos para tanto, então arrumei mais alguns, lembrando da importância de se ter um local que pegue sol (ou luz solar sem ser direta) por pelo menos quatro horas diárias dependendo da necessidade da planta. E como coloquei algumas delas na janela para poder limpar e organizar  espaço, acabei batendo e derrubando o alecrim e o único bonsai que germinou! Estatelaram-se no chão depois de uma queda do segundo andar. Depois do luto, voltei aos trabalhos. Com os caixotes organizados chegou a hora de distribuir as plantas e me deparei com outro problema: aqui nos altos venta muito, muito mesmo, as vezes violentamente (e isso não é ruim para mim, mas....), algumas plantas são muito sensíveis nesse aspecto, e tenho sofrido constantemente mudando-as de lugar para ver em qual se adaptam melhor, o gigante suíço teve suas flores arrancadas, a Gazânia é resistente ao calor mas não aos ventos e sua flor e brotos caíram, o hortelã também ressecou muito rápido (mesmo sendo molhado duas vezes ao dia) e algumas plantinhas "de mato" comuns e fáceis de pegar em qualquer lugar tiverem seus galhos quebrados pela força do vento. A solução pratica seria montar uma estufa em torno delas, mas tiraria toda beleza do local, então estou pesquisando outras especies que se desenvolvam melhor em local quente e com muito vento. 

o vento detonou esta, coloquei em um local que venta menos mas é longe do sol, o estrume é de anajá, com carvão e casca de ovos, coloco no sol da manhã todos os dias, na esperança de recuperá-la
E, por enquanto, estamos assim: ainda com muitos testes, mudando de lugar, florindo ou não, trocando e pesquisando bastante para conseguir um espaço aconchegante.


Petúnia - cuidados diários - floração
Transplantando e adubando
Suculenta não suculenta - hortelã
Cactos lindos que a Camila trocou comigo, olha que bacana o que ela fez com as garrafas 
Uma delas foi sacrificada para o berçário de suculentas, vamos ver no que vai dar
amor perfeito - para o lar e pra vocês

3 deram importância:

Explodir por dentro

06:30 @Tiabetok 2 Comentários


          A certeza de que não habito esse corpo
Pois sou feita de luz
E esta carne definha
em sentimentos confusos
intrusos
Que não decidem se são 
bons ou ruins 

          Esse texto não é sobre nós dois, é sobre mim, e todas as coisas enraizadas por esse sentimento que excede o físico; mesmo que a pele sempre tenha comandado todos os passos. Eu realmente queria desassociar o teu ser do meu, essa relação-dependência tem se mostrado cada dia menos prazerosa. É claro que ainda há amor, e muito! Mas o fato de ser inteiramente você descaracteriza o que deveria ser eu, fazendo a minha completude ter muito de ti e o "eu" ser constantemente um "nós", e entenda, não é egoísmo.

            Não vá achando que "quero um tempo para me encontrar" pois sei exatamente onde estou e o que quero, os atordoamentos pertinentes são causados justamente por isso: todos os planos, ânsias e expectativas futuras são por nós ou pra nós e o felizes para sempre só existe naqueles livros que deixamos de ler a meia vida. Não estou prevendo o fim, e creio eu que estamos longe dele - e isso é muito bom! - mas ele é possível e sei que não estou nenhum pouco preparada caso venha a acontecer.

         Sinto sua falta constantemente, em dias rotineiros em que vai para o trabalho e volta, no mesmo horário de sempre, do mesmo jeito de sempre, mas todo dia é um carnaval no peito quando chegas reclamando do clima. Quando vais para a bola sagrada da semana ou mesmo alí, bem rapidinho, o corpo pesa como se não fosse te ver por dias, exijo o meu cheiro e me despeço do amado como se ele fosse pra guerra, e acabo por não dormir até que retorne são e salvo para o fim dos meus tormentos. é carga demais, é sentimento que não consigo conter, ele salta do corpo com tanta ferocidade que rasga o peito e sangra a alma, acabo definhando por excesso de amor.

        Não tome este como termômetro para o que sentimos um pelo outro, sei que corresponde do teu jeito todos os dias, nunca me faltando atenção, carinho e cumplicidade; mas é que preciso de mais, preciso de menos na verdade! Menos desse misto de confusão interna, menos dependência física e emocional, eu preciso menos de você e mais de mim, pois se um dia acabar vou precisar de força para catar os cacos que restarem.

Não é sobre nós, é sobre o medo de quando o "nós" deixar de existir
  

2 deram importância:

#Receita - Pãozinho de salsicha

05:36 @Tiabetok 16 Comentários



           Olá amorecos, havia esquecido que tem este marcador por aqui e resolvi voltar a postar sobre. Andei pensando numa reformulação no mesmo, uma vez que estamos saturados de receitas de cupcake e cooks nos blogs da vida, estou pensando em usar algo mais regional pois a culinária Paraense é muito rica em sabores diversificados e usar mais as frutas da estação; os testes por aqui já começaram mas isso fica para uma próxima postagem. Hoje trago para vocês o pãozinho sucesso aqui de casa, que serve para o café da manhã, lanche e até tira gosto nos dias de gelada; a receita é de uma massa básica de pão de liquidificador (originalmente fazíamos de salame mas a crise tá apertando por aqui também, e trocamos por salsicha!) mas que temperadinha com amor fica uma delícia; então, vamos lá:

Ingredientes:
1 xícara de chá de leite
2 colheres de sopa de manteiga
2 ovos
2 xícaras e 1/2 de farinha de trigo
1 colher de chá de açucar
1 colher de sopa de fermento
1 colher de chá se sal
salsicha a gosto
opcional: queijo ralado, orégano, temperos prontos

* No liquidificador coloque o leite, a manteiga, os ovos, o açúcar e sal, bata tudo até homogeneizar.
* vá adicionando a farinha de trigo aos poucos até obter uma massa lisa.
* adicione o fermento conforme as instruções do mesmo
* Coloque as salsichas e os demais opcionais e mexa sem bater

Forma untada e enfarinhada; forno pré aquecido a 180º. 35min.



16 deram importância:

Resenha: O Gosto de Apfelstrudel - Gustavo Bernardo

06:03 @Tiabetok 5 Comentários


O Gosto do Apfelstrudel
Gustavo Bernardo
Editora Escrita Fina
2010

              H é nosso personagem central e se encontra em seu leito de morte. Onde escuta tudo e percebe tudo. Sabendo que seus ias estão no fim, ele passa a lembrar de toda sua vida. De como foi bom marido, bom pai, boa criança até.

"Morrer é tão bom quanto viver foi bom. H pensa sobre a sua vida no passado, embora ainda esteja vivo."

              H vê as coisas através de uma ótica otimista, onde ele próprio está satisfeito com o que fez durante sua estada na terra. Ele era um homem bom, de fato era, e se orgulhava muitíssimo disto.
Confesso que este livro mexeu muito comigo e me fez repensar em algumas atitudes. É um livro curto mas intenso. Não é muito dinâmico nem fantástico. Mas a simplicidade da escrita e o fato se comparar a milhões de situações reais nos levam a refletir sobre o certo, o errado, os deveres e as posturas que tomamos em diferentes situações, por menor importância que tenham.
Apfelstrudel é o gosto da sua infância, que fica marcante em sua boca, e doce, como todas as outras lembranças que H levará com orgulho em sua partida. É meio confuso já que é uma história de morte, mas com o final feliz. Tenho inveja do homem que H foi.


5 deram importância:

o ponto de partir-se

10:23 @Tiabetok 2 Comentários


             É sempre comum ouvir o "a partir" de tal coisa/sensação/acontecimento que vem para dar direcionamento em nossa vida. Ora! Como se algo mistico e maravilhoso guiasse nosso caminho como em sonhos infantis de quem se dopa em Disney. Sempre estipula-se um ponto de partida e um de chegada; mas e quando não se chega a lugar algum, ou durante a bifurcação escolheu o lado errado/contrário?! Quando o ponto de chegada não é o escolhido mas foi o melhor caminho que você percorreu?

e como num estalo: tahf! chega o ponto de partir-se!

               Abrir mão dos sonhos, voltar atras na decisão, mudar, (re)organizar. Entender que temos que deixar muito de nós para trás, sem que nos percamos totalmente, sem que nos tornemos algo totalmente estranho a nós mesmos, sem perder a ternura e o ardor.

               Aquele amor da infância não parece ser tão grande agora depois que você já quebrou a cara umas 63546357476545645 vezes, e mesmo assim continuamos tentando, andando só até que o novo par se apresente e te leve por outros becos, vielas e estradas da vida.

               Partir não é necessariamente quebrar, destruir; mas dividir e separar. Parti-me em duas: uma que ainda almeja sonhos (im)possíveis, idealizando aventuras solitárias em noites de lua e tardes chuvosas, sem um pingo de preocupação ou corda que me prenda a um passado-presente que me transforme inteira em indecisão; a outra é pé no chão, que apesar de pensar sabe-se-lá-o-quê? pensa, repensa, trêpensa para que tudo corra bem, mesmo que tenha de abrir mão e se arrepender amargamente por isso , para que o "conjunto funcione".

          Chega uma hora na vida em que você cansa de caminhar sozinha; têm caminhos que você precisa abandonar pois há muitos outros à descobrir. E se não há caminho você abre um, na marra, na força, é seu suor, sua batalha; para encontrar o novo po(n/r)to e a partir daí, partir-se quantas vezes mais for preciso.


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devaneios #1

06:07 @Tiabetok 0 Comentários

                      
                 
               Teria deixado para trás se não fossem esses impulsos sentimentais que tanto atormentam. Seria fácil seguir uma ideia, um plano, se por um único instante nosso coração deixasse de lado seus desejos. Aliás, nada está no coração, ele é só um músculo, quem sente é o cérebro. Mas como decidir quando o cérebro brinca com você? Te mostrando todas as direções exatas e decisões a serem tomadas e paralelo a isso te bombardeando com sentimentos de culpa, ausência e dor [embora não física]. um saco. Um grande saco!
Se perder em meio a literatura barata e trilha sonora de comédias românticas e em um estalo se deparar pensando, repensando, trepensando no assunto enfraquecendo sua decisão anterior. Isso enfraquece. Você é fraca, e não admite. Quem admite?! 
E em meio a acessos de indecisão volta ao maço de cigarros escondidos na gaveta. Não fuma e sabe disso, mas pouco importa quando as "coisas" aliviam. Se aliviar; anular o mundo; eximir paixões; uma música de verdade agora... daqueles discos empoeirados... Always on my mind... enquanto se movimenta suavemente em passos de balé, que sua mãe sempre obrigou que fizesse e mesmo assim nunca compareceu as aulas. rodopiava entre a fumaça e risos trêmulos que continham lágrimas. Cantarolava a música. um preságio? É inteligente demais para acreditar nessas coisas... e assim continuou até o fim do disco, o fim da fumaça... os problemas se findam, um dia.

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