onde tudo escapa

13:18 @Tiabetok 3 Comentários



 o desejo sendo substituído pelo descaso. Horários de ir para a cama alterados, desconexos sem mais interesses ou preocupações. os 10 minutos agarrados antes de dormir tornaram-se uma tortura e usamos um beijo chocho e o desejo de bons sonhos para escapar de mais toques... desculpas em cima de desculpas; sem um por que específico, nada de traições ou brigas pesadas, apenas olhos tristes circulando pela casa arruinando o que tinha de melhor em nós dois... Melancolia talvez, ou simplesmente TPM. O medo de assumir que terminou e perceber que foi só uma crise boba como as de todos os outros casais. Ando cansada de toda essa merda. Ainda não consigo conciliar os deveres com os quereres e as precisões. Nem consigo entender a minha prisão e a sua liberdade, e nunca entra na minha cabeça esse seu papo de "que é diferente" é tudo diferente; você é diferente agora. Não sei no que nos tornamos ou se ainda estamos em uma espécie de transformação conjugal para ser alguma coisa, mas do jeito que está não dá pra ficar meu bem... Sinto falta dos teus telefonemas embriagado as altas horas da manhã , da forma desconcertada que ficavas enquanto eu te provocava, do sexo rápido no sofá e de todos os outros perigos; da atenção, o carinho, o beijo... aquele beijo que a tempos não damos...

 por onde ficaram todas essas coisas???

3 deram importância:

carta - mais talvez[es]

16:40 @Tiabetok 0 Comentários


Sei que a dias não te escrevo, amigo, me perdoe esta ausência que cá estou para explicá-la. Tem doído, sabe? esses dias frios de noites tão escuras que volta e meia me esbarro nos próprios sentimentos que espalhei para decorar a casa. e o pior é não saber o que se passa, so  sei  que algo mudou. Talvez eu esteja mais amarga; ninguém disse que a vida a dois seria fácil, mas também ninguém me orientou sobre todas estas dificuldades [...] e permanecemos juntos, desfocados nas fotografias. Algo em nós se perdeu; procuramos sobe os lençós e dentro do guarda roupa; também naquela lanchonete que a muito não frequentávamos e não achamos nada nas garrafas de bebida que juntos esvaziamos. Chegamos bem perto de "sei lá o que" quando finalmente descansamos e me pus sobe seu colo um tanto ofegante onde eu - inconscientemente - sabia o intervalo certo de sua respiração e o acompanhava para que nem o menor dos movimentos pudesse estragar aquele momento, e ele afagava meus cabelos e braços, não como de costume, mas com aquela ternura não que dividíamos a tempos ... 
Posso estar errada com relação a estes achados e perdidos e neuras de mulher apaixonada; talvez nós só estivéssemos cansados de nossos afazeres e sem tempo para o amor ; acabamos sentindo falta de dengos e mimos e com muita vergonha de parecer tão adolescente carente para o outro... talvez tantas coisas; talvez as coisas se resolvam, ou nem precisem de resolução, talvez eu deva esperar mais um pouquinho, esperar faz bem; o tempo é mágico


Ouvindo:
O Tempo - Barbara Eugênia

0 deram importância:

Antigamente era janeiro

12:19 @Tiabetok 0 Comentários


Quando eu digo saudade, é saudade mesmo. É uma coisa de fibras e músculos, nervos e vísceras, que vem de muito dentro, que se arranca de uma profundidade que nem eu sabia que existia. É uma coisa tão acachapante. Não é uma dessas saudadezinhas de dois tostões que todo mundo tem. Meu negócio é o extremo do extremo. É uma energia que rasga a cortina, desmonta a cena e me leva embora. E pode levar você também... você entende? 
entende isso?

é como se, por diversas ocasiões, misticas ou não;
 negar veemente o que sentimos pelo outro acaba sempre por falhar,
por mais que lutemos em dize-lo para logo depois contradize-lo...
 cansamos de estar separados tanto quanto cansamos de estar juntos ...  

0 deram importância: