(do fim não-fim)

(do fim não-fim)

05:55 @Tiabetok 10 Comentários

Dos vícios de Diego à necessidade de mim



           Hoje já não dói Diego, ver-te por aí sorrindo, em companhias femininas, ignorando minha presença como se nada houvesse ou tivesse havido entre nós. As coisas com você estão mudando, não mudaram nos oito anos dividindo o mesmo teto; nem nestes outros que se sucederam onde divido minha cama com você, mas hoje querido, ah, hoje, já não dói! 

           Estamos envelhecendo Diego,o nosso tempo já passou, e não há nada pior que insistir em algo que está errado, aliás, sempre há algo pior; como bem sabemos. Vamos nos manter calmos para não pegarmos mais um daqueles porres e vomitar sentimentos nas calçadas, nos ligar de madrugada, perturbar amigos e donos de bar, bar não Diego, boteco mesmo! Nem há mais tanto prazer assim em relembrar o que vivemos, o passado já passou, e temos tantas coisas gostosas para lembrar desassociadas de nós dois, meu bem.

          Eu entendi Diego, claro que entendi. E sei que só agora nos conhecemos bem, sem capas para satisfazer o outro, com todos os vícios e necessidades peculiares e intimas de cada um, mas meu amor, não dá mais. Sim Diego, estava maravilhoso; atrativo também, nos encontrarmos na surdina da madrugada, copular loucamente nos albergues da estrada, num motel barato, ou no banco de trás do carro. Como conhecemos nossos corpos não é mesmo?! Uma dança onde sabemos de cor todos os passos, mas eu preciso de mais Diego, preciso daquelas coisas que você não me deu, e nem quero que me dê agora.

      Por um tempo achei que não conseguiria mais viver sem você, “meu” Diego, mas nossos encontros ilegais me mostraram o contrario, ainda há calor, desejo, tesão e todos os sentimentos chulos, mas é só. Não me dói Diego ver-te com outra mulher, pois é o meu colo que te satisfaz... mas e daí? E aí? Não há amor Diego, é pele, é vício!

         Preciso dormir junto, viver junto, dividir problemas além da cama, dividir a vida além do lençol, de prazer que não seja do gozo. E meu bom Diego, nunca conseguimos fazer isso, não será agora que faremos. Um café na cama, o cheiro de mato, de terra molhada, e onde por essas bandas ainda há terras para pisar descalços? Sentir a umidade em forma de lama cobrir os dedos dos pés, move-los desordenadamente curtindo a sensação como criança ao tomar um banho de chuva pela primeira vez, ah Diego, nunca tomamos um banho de chuva!

          Preciso das coisas simples, você das metódicas, o casal que encenávamos nunca existiu, e isso não quer dizer que o sentimento era irreal Diego, sentimos e muito, a nos deixar perpetuar depois do fim não-fim, mas eu preciso discutir aquele livro, passear com os cachorros, assistir aquela serie junto; preciso daquele filho que não te dei... e o tempo passa Diego, aliás já passou, e o filho que não te dei - e que não dei a nenhum outro parceiro que eventualmente passou em minha vida enquanto nos enrolávamos em um moquifo qualquer da cidade -, tem ânsia de existir, e não foi com você Diego e nem será.

       Acontece que eu sempre digo que não dá mais não é mesmo Diego? O encorajo a novos romances, novas aventuras; mas sei bem pelo que ficas. Faço-o com empenho pra te fazer voltar, enquanto corto suas asas fico nutrindo internamente uma esperança contida, não de que as coisas vão voltar por conta de nossa história absurda, mas de que elas vão ser reais um dia, boas um dia, talvez um dia; enquanto os dias passam e nos afogamos em álcool, nos misturamos em outros corpos, construímos nossas histórias singulares, e por mais que eu sempre te diga não, acabo te permitindo ficar, conheço as tuas necessidades Diego, sei as coisas que você não diz, sei ler teu olhar, e por isto você volta; mas só permanece porque eu sou louca Diego, eu sou louca!



Olha amor, dediquei a você minha vida inteirinha
no meu sonho de amor fiz você a rainha
E você vem falando em separação
Olha amor
Antes que seja tarde o arrependimento
Eu não quero ouvir mil desculpas, lamento
Pois tudo que fiz foi pra te ver feliz
Minha rainha – Noite ilustrada

Eu te amo, só não gosto mais de você

Eu te amo, só não gosto mais de você

09:03 @Tiabetok 7 Comentários


          Há quem diga que o que é "real" não tem fim,  sentimentos se transformam, ou que só se ama verdadeiramente uma vez na vida e todos os outros relacionamentos serão cópias menos significativas ou busca por resquícios mínimos que nos lembre o (a)"ex". Foi quando decidi dar oportunidade ao amor próprio! O fato de ser uma pessoa extremamente carente fez com que eu nunca permanecesse solteira; metida em relacionamentos longos e quando esses terminavam me lançava em pequenos rolos até o próximo relacionamento: um circulo vicioso de troca de fluídos corporais, mensagens batidas, saudade forçada e por fim, mais decepções para a coleção. 

          Durante o café com um querido amigo, discutimos relacionamentos/sentimentos e notamos que estou solteira a bastante tempo, e todas as vezes que falava "nele" era sorrindo. Claro que a separação doeu, e muito, na verdade, sempre achei que a gente morria aos poucos por amor e após esse término realmente me entreguei, entre choro, álcool e discussões intermináveis com amigos que diziam que ia ficar tudo bem, eu ia ver e rir no fim. Não ri, não disso; mas tenho sido bastante feliz embora esteja sozinha. E não, este não é um texto sobre dar a volta por cima ou elevação de ego. é sobre ternura, lembrança e maturidade!

"Não fala isso por favor
Eu já passei por tanta coisa
Eu não vou mais ser seu amigo
Eu quero até mas não consigo
Eu também vou sentir saudades
Eu também vou chorar sozinho"

        Não se esquece alguém que toma lugar de importância na nossa vida; não se esquece os momentos de riso, as dificuldades, os planos, as tentativas de acerto; mas o gosto, a pele e os momentos de intimidade parecem sumir aos poucos, perdendo os significados e as juras de amor eterno se mostrando cada vez menos eficazes. Mas foi amor, é amor, porque o que foi bom, o que foi realmente maravilhoso ficou.


MAS COMO É AMOR SE NÃO ESTÃO MAIS JUNTOS?

        Depois de muito fingir que "tudo vai bem" e lutas já perdidas de  reparar os danos existentes chega o momento de por um fim; e isso não é desistir, é redefinir! Queria ter tido essa visão no momento, no ato, durante o drama todo, onde o "vai ser melhor pra nós dois" nunca seria bom pra mim e perceber que procurar um culpado e achar o erro já não teria mais sentido quando a bolha de acúmulos já havia explodido a tempos, enquanto a gente se enganava mais um pouco; machucando-nos ainda mais. 

        E eu o amo, só não gosto mais dele, como também não gostava de mim quando estávamos juntos, como não suportava a casa, nem os tênis dele na mesma estante que meus livros e a posição da mesa na sala. Continuo amando seu sorriso, a dedicação ao esporte, o jeito que sei que ainda dorme de tarde e como cantarola a letra errada dos reggaes que escuta pelo fone enquanto está no pc. Amo as miudezas e brincadeiras que tivemos, nossos planos todos infantis e a forma que ele reclamava de absolutamente tudo que eu fazia. continuo amando, mas definitivamente não dá mais, e está tudo bem. sériozão!

            Amor não é posse! E nem se explica, se sente. O afeto permanece mas a vontade de conviver não! Por mais que as conversas se tornem cada vez mais escassas não se deixa de querer bem, de torcer pela felicidade mesmo depois das adversidades. "Serviu de experiências" e outros clichês sem graça daqueles intermináveis que todos derramam sobre você pra no final ficar tudo bem, tudo sussa, coraçãozinho aberto para novos romances, pra quebrar a cara de novo ou pra ser feliz [à dois] de vez.

"Talvez a gente se esbarre por aí novamente, com o coração mais feliz e maduro, talvez a gente sinta falta e, depois de tantos e reencontros, decida pousar no mesmo lugar. Aprendendo a aceitar aquilo que não soubemos aceitar, amando aquilo que não conseguimos amar, descobrindo aquilo que tentamos esconder e resolvendo tudo aquilo que deixamos para depois. Talvez a gente se esbarre novamente com o coração mais calmo e decidido a lutar, a ficar, mas, por hoje, é melhor alçarmos voo."


Referências: 




Adoção, nomes estranhos e coisas bagunçadas

Adoção, nomes estranhos e coisas bagunçadas

18:39 @Tiabetok 0 Comentários

MEGA TEXTO DE CACHORRADAS QUE VOCÊ NÃO PRECISA LER, MAS VAI SER MASSA SE ASSISTIR AO VÍDEO DO FINAL DA POSTAGEM!!!!!!!!!


        Cachorro Loko e eu estávamos meio entediados com a vida. Entre trabalho, faculdade e meus momentos de lazer aleatórios o dog e eu passávamos menos tempo juntos, e isso pesava muito pra ele, afinal passava a maior parte do tempo sozinho, e convenhamos, por vezes chegava indisposta para nossas atividades rotineiras que se tornavam cada vez mais escassas. Cachorro Loko ficou mais sentimental, irritado e fazia coisas para chamar atenção, foi quando sentamos para "discutir" nossa relação e resolvemos ter um filhote!

         Era a solução perfeita! Ele teria companhia o tempo inteiro e eu não me sentiria "tão" culpada de não dar toda atenção que ele precisaria. O quintal é grande o suficiente, onde comem dois comem três, a gente se organiza e se aperta e no final dá tudo certo! Thorin entrou na nossa vida com apenas um mês, era a bolotinha mostarda mais linda do mundo, o presente mais doce e querido que eu podia ganhar no entanto, Cachorro Loko não gostava mais da ideia.



CIÚME SÓ DESTRÓI 

            Óbvio que  deu errado! CL passou a se isolar, começou a marcar todo território possível, coisa que não fazia já que era dono de tudo, comia a comida do filhote e por vezes avançava sem motivo algum.  Foi aí que o desespero começou, com as minhas ausências frequentes não conseguia passar um segundo se quer sem pensar em como estariam, o que faziam e se por um milagre um não tivesse matado o outro. Foram dois meses de estranheza e cada um do seu lado, e eu, totalmente afastada dos dois, do mais velho como castigo, do mais novo por receio de internalizar mais ciúmes. Eis que...

       Thorin dá sempre um jeito de aprontar as maiores sacanagens comigo, com a casa e com a própria vida; começou comendo nossa horta inteira, que eu, por falta de tempo e descaso mesmo, fui deixando de mão, até nos restar apenas cariru e espinafre, as únicas coisas que esse dog vegano não come de forma alguma! Levou seus primeiros tapas na bunda e castigo. Cachorro Loko não gostou nenhum pouco! Afinal, ele é quem manda aqui, se alguém tem que brigar* é ele! 


            Depois de ter se habituado a destruir qualquer coisa que esteja no chão, dentre livros, sapatos, ursinhos, telha, lajota e pedaços de pau; não tinha como evitar, a cada dia mais repreensões, e no dia que eu perdi a cabeça gritando loucamente como se o dognêo fosse entender, num pulo, o Cachorro Loko se mete na minha frente e vai empurrando Thorin, com a cabeça, cobrindo-o e guiando-o pra longe de mim, sem latir, só me olhando; me emocionei. Foi aí que a cumplicidade dos dois começou, e as coisas finalmente ficaram bem. Tão bem que o mais velho ensinou o outro a subir as escadas e diversas vezes o vi puxando o mais novo pelo elevado da porta para que os dois, por fim, pudessem ficar juntos no nosso tapete da soneca [isso é história pra depois]. Já vi muitos cachorros tendo ciúmes de seus donos, mas Thorin sai em disparada pra brincar com seu companheiro, quase nunca comigo, até quando jogo os mordedores, só segue se o outro for primeiro. 

ESSE TEXTÃO TODO PRA QUÊ?

          Poucas coisas na vida me dão prazer ultimamente, tenho lido menos, faço um curso que não gosto, me entedio fácil, e por vezes não tinha disposição para acarinhar aquele serzinho que sempre está aqui me esperando, compreensivo e carinhoso. Thorin me acordou! Ele não é só o Tico do Teco; ele é a bagunça que eu precisava na vida, que faz zona, destrói tudo, desordena a casa e me dá muitos motivos bobos pra sorrir. A forma que eles se tratam com ternura verdadeira, como um atormenta o outro, como concordam sobre as horas de brincar, as de dormir e as de aporrinhar a minha vida, juntos, sincronizados, quase que ensaiados, e por mais que role um arranca rabo daqueles  sempre vão dormir de costela com o outro. 

           Com esses doidos aprendi a julgar menos e a aproveitar mais. A por mais os pés no chão, sem metáforas, pisar na lama mesmo, rir do tombo, levantar; não são cócegas mas as lambidas também provocam risos, aquela felicidade e calmaria alojada no peito; a gratidão por poder repetir o ato todos os dias e a qualquer hora. Ter eles comigo é poder ser útil e se sentir querida. É ter o pior dos dias e esquecer totalmente os problemas no momento em que abrir a porta. Com eles nenhum fim de semana é tranquilo mas a vida bem mais simples e muito mais gostosa.

E se pá, assim que as coisas melhorarem, 
a gente arruma outro bichinho maluco
pra bagunçar ainda mais essa casa!


        
            Para um cão, você não precisa de carrões, de grandes casas ou roupas de marca. Símbolos de status não significavam nada para ele. Um pedaço de madeira já está ótimo. Um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, inteligente ou idiota, esperto ou burro. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Dê seu coração a ele, e ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não. De quantas pessoas você pode falar isso? Quantas pessoas fazem você se sentir raro, puro e especial? Quantas pessoas fazem você se sentir extraordinário?
Marley e Eu

Galerê, assisti esse video e não consegui mais parar de chorar. É um clipe sobre a seriedade e responsabilidade da adoção, tema que pretendo voltar a falar por aqui. Meus dois ruivos foram adotados, o Cachorro Loko foi achado na orla de Icoaraci-PA, é bem tiozão e não faço ideia da idade que ele tem, Thorin fez 5 meses hoje, a família que o pegou não pode ficar com ele e o deram pra adoção. 
Assiste o vidiozinho aí, dá uma refletida, chora que é bom também, e adota. Xeroa




um balanço do que foi e a esperança no que virá

um balanço do que foi e a esperança no que virá

10:17 @Tiabetok 0 Comentários

          

         2016 passou como um caminhão em alta velocidade numa curva fechada caindo demoradamente de um penhasco. Mas eu sorri! brinquei, dancei, acampei, conheci gente maravilhosa; descobri que meus bons amigos eram os melhores, chorei no colo deles, e eu tinha colo pra chorar; fui adotada por suas famílias e descobri a reciprocidade do amor, quando o amor não está restrito a um relacionamento. 
                    Dei um tempo do curso a qual não escolhi, apenas fiz, mas vou terminar, vou voltar mais por segurança que por vontade! Consegui organizar a vida, depois que ela desmoronou, me diverti com coisas banais e aguentei firme as dificuldades. Me senti adulta e isso realmente assusta!
Superei alguns conflitos internos e aprendi a conviver com outros. Os sentimentos perderam a intensidade e as "coisas todas" deixaram de doer. E cada vez mais, o novo me encanta! Não viajei como antes, ou adquiri bens materiais como nos anos anteriores. pra ser sincera gastei mais com álcool e entorpecentes do que deveria; refleti sobre o erro, e errei mais algumas vezes, afinal, quem nunca?
                   Adotei dois cachorros que são os mais loucos que já vi, esbocei uns projetos que desisti de por em prática, e mais uma vez a promessa de ser fitness falhou. Li pouquíssimos livros pois ouvi música demais. Não fui a nenhum show, descuidei do jardim, e minha casa sempre está uma zona, finalmente ganhei peso e aos 45 do segundo tempo cortei o cabelo [de novo] e definitivamente fiquei com cara de menino.

                    Não fiz aquela lista de resoluções anuais que a gente nunca cumpre, nem dei os pulinhos nas ondas do mar; minha renovação começou bem antes, quando reorganizei os espaços e joguei fora tudo de ruim que ocupava meu peito e que refletia na inquietude e confusão da minha vida. 
Por mais clichê que seja "esse papo" de ano novo e suas renovações, é impossível não tirarmos esse período para avaliar o que nos faz bem, o que devemos mudar, e porque devemos, quando na verdade essa autoavaliação deveria ser feita com mais frequência, afinal, não devemos deixar pra ultima hora aquilo que nos faz feliz. 
                   Adotei uma filosofia deboísta (e espero continuar mantendo-me assim, embora seja mega difícil as vezes), resolvi falar mais abertamente sobre o que sinto, e nossa, como faz bem não guardar tudo pra si, ainda tenho a sensação de que não fiz nada do que deveria fazer, mas compensa dizer que parada eu não fiquei; que mesmo não dando tudo certo eu acertei um bocado, no final isso conta bastante; que eu possa ser mais positiva este ano, que finalmente eu consiga me formar, que eu tenha maturidade para lidar com as coisas ruins que porventura venham a acontecer. O que eu quero mesmo é um misto de tudo isso, mesmo com dramas, mesmo sem amor de novela. Eu quero os cafés da tarde e os hotdogs da sexta feira, a pia cheia de louça suja e histórias gostosas pra contar.

e que eu continue florescendo a cada dia, 

porque o ano não vai ser novo 

enquanto eu for a mesma




Desculpe o transtorno, preciso falar de alguém

Desculpe o transtorno, preciso falar de alguém

05:53 @Tiabetok 1 Comentários


        Não nos conhecemos no jazz, ou numa balada; essas são coisas bem bizarras pra nossa realidade. A primeira vez que o vi foi em quadra, e isso não é novidade pra ninguém. Namorávamos outras pessoas, não fomos apresentados nem por nossos amigos em comum, que olha, são inúmeros.
Anos depois ele entrou na minha vida pelo privado do facebook, trocamos números, e ainda, por incrível que pareça, em uma cidade interiorana, trocávamos e-mails. Obviamente nos víamos porque essa cidade é um ovo! Não senti as borboletas no estomago, não marcamos de sair, apenas passamos a nos cumprimentar, pois naquela situação, deixávamos de ser estranhos.
           A proximidade veio no carnaval enquanto eu beijava outras bocas e ele se embebedava de caju açu. Uma semana depois ele estava em casa. Eu estava de pijama, jogando algo que não parece ser importante pra lembrar e ele fez a barba, o que foi um erro terrível. Nos beijamos. Não teve musiquinha de fundo, não foi romântico, e na verdade, foi bem sem graça; mas decidimos continuar nos encontrando. Ele tinha 38 e eu 20. Três meses depois estávamos morando juntos.
     Diferente do “amor de Gregório” não tivemos trilha sonora, fotos de profissionais e não, definitivamente não fizemos filme, pois seria a história mais chata que alguém poderia comprar. Ele não me ensinou nada além das regras de baseball, jogo esse que sigo até hoje sem entender. Escrevi alguns muitos textos pra ele, como este, desenhei-o de todas as formas possíveis, e se alguém abre meu álbum ainda se depara com inúmeros caras barbudos e/ou jogadores de basquete. Não fizemos nenhuma receita juntos, nem frequentávamos restaurantes; a única vez que tentei algo diferente na cozinha foi um bolo de maçã sem farinha, sem glúten e sem aquela porra toda em respeito a sua dieta e foi a pior cosia que comemos. Quando a noite não acabava na pizza sebosa de vinte contos, a gente ia no dogão que fedia a sovaco, porque lá tem a melhor vitamina de abacate da cidade.
         Ao invés de firulas românticas inventávamos apelidos bizarros um para o outro, e nosso hobby não tinha nada de cultural, apenas dormíamos –pra sempre- e era o que fazíamos de melhor juntos. Fazíamos Gregório, pois assim como o seu relacionamento, o meu também teve fim. E como não temos filme sobre nós dois, e quase nem temos fotos juntos, as memorias vão se perdendo, não planejávamos o almoço, que dirá a vida; não gerei nenhum filho. Mas esse era pra ser mais um dos inúmeros textos de amor que escrevo e não dedico a ele; era amor observar ele dormir e contar todas as sardas do seu nariz, foi amor quando aprendi a dormir abraçada com ele, foi amor também quando escondi minha frustração e engoli o choro para comemorar suas vitorias. Virou amor quando eu não conseguia mais dormir enquanto ele não chegasse. Foi amor quando eu decidi assistir novamente três temporadas inteiras -sem dar spoilers-  de walking dead para acompanharmos juntos a quarta.

Foi amor até deixar de ser; para ele.
 Hoje é saudade.

E saudade ou a gente mata ou ela mata a gente.


A volta - novamente - mais uma vez - é isso aí

A volta - novamente - mais uma vez - é isso aí

11:23 @Tiabetok 0 Comentários

Depois de um certo hiato - preciso- na minha vida, entre separação, casa nova, abandono de curso, desemprego e falta de vontade de viver; estou aqui, mais uma vez pra dizer ao povo que Fico (manjou a referência?). Não cortei os pulsos nem me joguei da lage, mas enchi muito o saco dos meus amigos, e confesso que desde 2013 não venho feito manutenções devidas ao espaço, pois, sempre, nunca dá certo!

Agora, o espaço não é mais tomado por uma Betok adolescente, que apesar da postura dura, romantizava tudo. Agora ando com blusão do Perna Longa, viciada em Life is Strage e que durmo com um sapo de pelúcia (do meu tamanho), ou seja: Já sou uma adulta!

Acabei me envolvendo em várias atividades que tomam bastante meu tempo e dizem muito sobre o que sou, ou me tornei. Alguns projetos, algumas atividades e hobbys novos que estarão descritos aqui. mas como perdi o habito da escrita, e não sei bem como voltar a postar, resolvi fazer a tag 52 semanas, que dispensa apresentação porque acho que todo mundo já conhece.

Então é meio isso, vou tentar manter uma freqüência de dois posts por semana, um livre e um da Tag, até que eu me acostume, ou abandone o espaço mais uma vez....como de costume.

A Tag consiste em responder a cada semana um tópico, e serão 5 respostas para cada tópico, bem simples, concordam?

Os tópicos são...

Semana 1: Coisas que me deixam feliz.
Semana 2: Eu nunca...
Semana 3: Coisas para se fazer no calor
Semana 4: Minhas citações preferidas são: (trechos de livros, de músicas, frases de autores, etc)
Semana 5: Fazem parte da minha wishlist:
Semana 6: Os super poderes que eu gostaria de ter se fosse um super herói seriam:
Semana 7: Eu sempre…
Semana 8: Os melhores filmes infantis que já assisti foram:
Semana 9: Pessoas que eu gostaria de conhecer / ter conhecido:
Semana 10: Minhas comidas preferidas são:
Semana 11: Meus brinquedos preferidos na infância eram:
Semana 12: Coisas pra se fazer no frio:
Semana 13: Fico sem graça quando…
Semana 14: Meus sites preferidos na internet:
Semana 15: O que há de pior no mundo virtual?
Semana 16: Isso, pra mim, não é diversão:
Semana 17: Personagens cuja vida eu gostaria de viver por um dia: (filmes, livros, seriados, etc)
Semana 18: Sinto saudades…
Semana 19: Meus seriados preferidos:
Semana 20: Fico de mau humor quando…
Semana 21: Meus piores defeitos:
Semana 22: Na minha geladeira, tem que ter:
Semana 23: Coisas que me incomodam no mundo contemporâneo:
Semana 24: Casais preferidos (filmes, seriados, livros, etc)
Semana 25: Tenho aflição de…
Semana 26: Se eu pudesse trocar de profissão, eu seria…
Semana 27: Coisas legais pra se fazer nas férias:
Semana 28: Minhas maiores “neuras” e manias são:
Semana 29: Filmes que me falam ao coração:
Semana 30: Fico impaciente com pessoas que…
Semana 31: Quando não tenho nada pra fazer, gosto de…
Semana 32: Ainda quero aprender:
Semana 33: Tenho medo de…
Semana 34: Livros que eu acho que todo mundo deveria ler:
Semana 35: Minhas piores compras foram:
Semana 36: Morro de preguiça de…
Semana 37: O que, de melhor, o mundo virtual te trouxe/traz?
Semana 38: Desculpe, mas eu acho brega:
Semana 39: Minhas melhores qualidades:
Semana 40: Meus “cheiros” preferidos são:
Semana 41: As coisas mais difíceis num relacionamento amoroso são:
Semana 42: Quer acertar no meu presente? Então me dê…
Semana 43: Músicas que eu não canso de ouvir:
Semana 44: Meus vilões preferidos são:
Semana 45: Lembra a minha adolescência:
Semana 46: Parece que todo mundo sabe _______________, menos eu:
Semana 47: Quando estou apaixonado(a) eu…
Semana 48: Nunca tive coragem de…
Semana 49: Lugares no mundo que eu gostaria de conhecer:
Semana 50: Pessoas que eu admiro:
Semana 51: Coisas que me marcaram neste ano que está acabando que acabou:
Semana 52: No ano que vem Nesse ano eu quero: